domingo, 19 de junho de 2011

Senzala 1959

                                         Sebastião Azevedo Rodrigues [ tião areia ]
Sebastião Azevedo Rodrigues
esta FOTO e uma relinquia pois tião areia esta trabalhando em uma de suas olaria em [ agrovila ]   ou seja   são sebastião.                                                 foto ; Claudio Rodrigues

quinta-feira, 9 de junho de 2011

c r p

Claudio pesquisador de são sebastião



É história comum, contada pelos moradores mais velhos, que a área tem ocupação muito mais antiga, de fazendas remanescentes da época dos escravos. Pode–se encontrar no núcleo antigo restos de construções atribuídas aos escravos e até mesmo uma cruz de madeira onde supostamente estes escravos teriam sido castigados.
O preço baixo da terra, a falta de regularidade do solo e a beleza do local contribuíram para o crescimento acelerado da cidade. Sua localização privilegiada, que inicialmente atraiu trabalhadores da construção civil e de serviços domésticos, hoje atrai uma população diferenciada.
Em 25 de junho de 1993 a então Agrovila São Sebastião passa a ser a Região Administrativa n° XIV – Cidade São Sebastião (Lei 467/93). 
tiao areia
Em 1991 a cidade tinha 17.390 habitantes e em 1998 a população era de 44.235 habitantes. Temos aqui uma taxa de crescimento anual de 20,52%(vegetativo e migratório). O crescimento da cidade perde apenas para Santa Maria, Recanto das Emas e Riacho Fundo, últimas cidades implantadas pelo Governo do DF.

eu Claudio sou um morador da cidade por nome sao sebastião df i passo horas i mais horas empenhado para consequi o maior numero de imformaçao a respeito desta cidade que  vem creçendo de uma fora criteriosa i mais sao sebastiao df e uma cidade que quarda muitas historias empresionante
Sebastião de Azevedo Rodrigues é o fundador da cidade de São Sebastião. Mais que isso, destaca-se  pelo o seu contagiante bom humor

Tudo em Tião Areia vira fábula. Seria um homem amargo, se ficasse agarrado aos fracassos. Seria arrogante, se carregasse no peito as honras já recebidas. Mas ele nunca se desgruda de si mesmo, de uma genuína fé na vida e de um jeito aparentemente bronco, que esconde uma sabedoria interiorana inesgotável. O mineiro Sebastião de Azevedo Rodrigues, 66 anos, é o fundador de São Sebastião, dá nome a uma praça e debulha — basta pedir — uma longa história feita de muitas pequenas historietas sobre um lugar que se chamava Fazenda Papuda e que ele transformou, com a ajuda da comunidade, numa cidade- satélite pobre, derramada num vale entre serras, que faz vizinhança com condomínios de classe média e com a Papuda propriamente dita.

A fábula começou quando o menino Tião, nascido em Lagoa Formosa, Minas Gerais, ficou órfão, e o tio decidiu cuidar dos sobrinhos em outra cidade. Ele foi o único que não quis ir: preferiu ficar tomando conta da mãe, Maria, mulher muito bonita e namoradeira. “Teve uma vez que fui fazer as contas dos namorados dela. Contei nove.” O pai, comerciante e agricultor, havia deixado alguma herança para a viúva, mas ela perdeu tudo nas festas que fazia em casa. “Eu via aquele movimento, sabia que não estava certo, mas não tinha controle pra poder aconselhar minha mãe. As coisas foram se acabando, se acabando e eu comecei a trabalhar de servente de pedreiro, de tocador de gado.”

Deu-se então que Tião ouviu um caminhoneiro convocando peões para trabalharem nas obras da futura capital. Aos 15 anos, o adolescente não sabia do que se tratava, moveu-se apenas pela necessidade de ganhar dinheiro para sustentar a si e à mãe. “O homem não queria me trazer porque eu era muito novo. Eu era muito novo. Eu conversava demais, era muito desenrolado. Mas atentei tanto, adulei tanto esse homem até na hora de ele sair que ele deixou eu vir.” Era maio de 1959. Os homens que subiram na carroceria do caminhão tinham destino certo: viriam trabalhar nas olarias que já estavam instaladas na Fazenda Papuda. Ao mais novo deles, Tião, coube a tarefa de tirar areia do Córrego Taboquinha.

Logo surgiu uma pequena complicação. Naquela leva de operários, havia sete chamados Sebastião. “Ficava muito difícil trabalhar tudo junto. Era chamar um e o outro olhar. Então cada um de nós ganhou um apelido. O que cortava a lenha para os fornos era o Tião da Lenha. O que arrancava o barro, o Tião Barreiro. O que queimava os tijolos era o Tião Queimador”. O Tião Areia passava o dia no córrego, tirando a matéria-prima com a pá, pondo em carrinho de mão e levando barranco acima até o carroção.


Tião Areia conheceu dona Papuda, dona da fazenda de mesmo nome, mulher de longos cabelos brancos, corcunda e que tinha bócio. “Era uma sinhá”, ele diz. Na fazenda, havia instrumentos de castigo de escravos. “Eles falam que era só de negro, mas não era só de negro, não. Branco também sofria. Eu vi roda d’água de bater em negro. Conheci tudo funcionando. O rego d’água correndo formava a roda, que rodava outra roda e na frente tinha umas correias pregadas nela. Ela saía rodando e a peia comia em que estivesse amarrado lá na frente.”
Nos primeiros anos de Brasília, Tião trabalhou na areia. Depois, passou para as olarias. Logo começou a comprar as que estavam falidas e não muito tempo depois começou a fazer fortuna. Mas uma doença de Chagas o fez esperar a morte (corpo inteiramente inchado) e transferir seus bens para a ex-mulher, para os oito filhos e para gente que ele conhecia e que não conhecia, é o que ele conta. A doença de Tião Areia é outra fábula: desenganado pela medicina, buscou a ajuda de um velho raizeiro, seu Olívio, que, com alquimias feitas de sumos e chás de plantas do cerrado, curou o quase morto. “Só que teve um problema. Depois que eu doei tudo, eu não morri.”

O contador de histórias de olhos cor-de-mel e sorriso de dentes de ouro conta que ficou rico, ficou pobre, rico e pobre, quatro ou cinco vezes e que agora está melhorando de novo. Nesse meio tempo, ajudou a transformar a velha Fazenda Papuda, desapropriada com a construção de Brasília, numa agrovila e depois numa cidade-satélite. Primeiro prefeito comunitário da vila, Tião Areia acabou, de certo modo, inspirando o nome da nova cidade.

“A gente sempre foi muito discriminado, desde o tempo em que ia a pé daqui até a Cidade Livre comprar mantimentos. Nós éramos muito feios, andávamos muito mal-arrumado e, quando dizíamos que vínhamos pra Papuda, ninguém queria trazer a gente.” Com o tempo e a chegada de novos moradores, a comunidade começou a pensar em se desvincular de nome tão pesado, Papuda. “Teve uma votação. Eu nem conhecia o tal de dicionário, mas sei que eles tiraram os nomes de s moradores, a comunidade começou a pensar em se desvincular de nome tão pesado, Papuda. “Teve uma votação. Eu nem conhecia o tal de dicionário, mas sei que eles tiraram os nomes de lá. Foi um dia inteiro votando. Tinha gente que queria Sombra da Serra, porque São Sebastião é rodeado de serra. Tinha gente que queria o nome de Eucaliptal, nem sei se esse nome tem no dicionário.” Depois de um dia inteiro de votação, alguém sugeriu o nome de São Sebastião, em homenagem ao padroeiro da antiga capital, o Rio de Janeiro, e ao fundador da cidade, o Tião Areia.

Homenagem

Na semana passada, Sebastião de Azevedo Rodrigues ganhou o título de Cidadão Honorário de Brasília, concedido pela Câmara Legislativa. Ele mostra as fotos da solenidade. Tião num terno preto, um tanto menor do que ele, camisa branca e gravata de motivos cinzas. A ex-mulher, Maria, filhos, netos e uma bisneta estavam no plenário. Um assessor da Câmara redigiu o discurso de oito páginas. Tião havia lido e aprovado o texto, mas na hora agá, mudou de ideia, largou as folhas de lado e falou do jeito que sabe falar, um jeito de mineiro-caipira que esconde uma incrível capacidade de seduzir o interlocutor.
E de seduzir as mulheres. A primeira, Maria, tinha 12 anos quando eles começaram a namorar. “Ela era redondinha, inteirinha, era a mais bonita daqui.” Os pais da garota resistiram por algum tempo, mas só por algum tempo. “Naquela época, a gente espichava a idade, né?” Os dois casaram-se quando a noiva estava com 14 anos. Hoje, Maria, 59 anos, cuida dos oito filhos do casal numa casa avarandada ao lado da Praça Tião Areia, no centro de São Sebastião. É outra fonte de sabedoria: “A gente aprende, com o tempo, a valorizar as qualidades das pessoas. Os defeitos, ninguém muda. Nem Deus se mete nos defeitos das pessoas”.
 ex-quatro vezes rico Tião Areia mora hoje, com a segunda ex-mulher e dois filhos, numa modesta casa alugada em São Sebastião. Tem um cargo comissionado, de gerente de Agricultura, na Adminstração do Paranoá. “Me considero um homem rico. Estou com 66 anos, não sinto uma dor de cabeça, não sinto uma dor nas cadeiras. Trabalho tranquilo, sou profissional, rico de amizade. Não tem um cara que tem mais amizade do que eu. Consigo tudo o que desejo de coisa boa. Durmo bem, como bem. Com ou sem dinheiro, pra mim é tudo do jeito só..................  atenção pra estas informações... A Agrovila São Sebastião passa a ser Região Administrativa XIV por força da Lei n° 167 de 25 de Junho de 1993.

É elaborado projeto básico de urbanismo, criando 6 Quadras para atender à situação emergencial. Agosto a Dezembro.
É feita a remoção de famílias. Essa remoção se realiza de forma desordenada, lenta, sem controle de famílias que saem da área e de venda ou aluguel do novo assentamento. Continuam a ocorrer invasões sem nenhuma ação repressiva. Agosto a Dezembro.
1994 - Realizado EIA/RIMA para a cidade. Entre outras diretrizes aponta a necessidade de contenção do aumento populacional, sugerindo ações drásticas no controle à invasão, principalmente da área de risco. Setembro/1994
1995 - É publicado o Decreto 16.571/95 - Redefinindo a Poligonal Urbana da cidade.
1996 - Realizado o Rezoneamento Ambiental da Área de Proteção Ambiental da bacia do Rio São Bartolomeu, área onde está inserida a Cidade de São Sebastião. Lei n° 1.149 de 11 de Julho de 1996.
1994 à 1997 - No períodocompreendido entre setembro de 1994 a junho de 1997 o Governo do Distrito Federal não realizou nenhuma ação fiscalizatória ou normativa na cidade, com vistas ao controle de ocupação na área de risco.
1997 - É montado grupo interórgão coordenado pela SUCAR, com vistas a realizar estudo de reavaliação da Área de Risco de São Sebastião. O relatório destes estudos é que deu suporte aos trabalhos da Administração Regional de São Sebastião. Julho/1997.
É realizado cadastramento dos moradores da área de risco pelo IDHAB, outubro/1997.
1998 - É feita a remoção de 203 famílias da área de risco para a quadra 104 Bairro Residencial Oeste, outubro/1998.
1998/1999 - Em função dessa remoção, pela expectativa de recebimento de lote pelo governo, a área volta a ser invadida. Outubro/1998 a Janeiro/1999.
1999 - O Governo do DF realiza levantamento das famílias que invadiram recentemente a área e inicia uma ação fiscalizadora. Janeiro/1999Fotoesta e a  minha querida cidade São Sebastião

FotoBandeira da minha cidade 

quinta-feira, 11 de março de 2010

HISTÓRIA: SÃO SEBASTIÃO-DF - RA XIV

A cidade de Brasília foi concluída, mas não totalmente e ainda precisava da mão de obra dos candangos para terminá-la. A mão de obra necessária para a conclusão da cidade foi permanecendo no Distrito Federal e com isso foram surgindo às cidades satélites, para acolher essa camada.


Congresso Nacional sendo erguido

A história da ocupação do Distrito Federal é dividida em três etapas. A primeira se inicia com a mudança da capital do Brasil e vai até o ano de 1973, conhecido como fase de implantação. A segunda etapa, quando surge da necessidade o ordenamento urbano do Distrito Federal de 1974 até 1987, tem então a fase de consolidação urbana. De 1988 até os dias de hoje, a fase de expansão, caracterizada pela política de doação de lotes, da grilagem e invasões de terras públicas, política feita como forma de amenizar o adensamento populacional, o que promoveu o surgimento de invasões e favelas descontrolado nas regiões administrativas. Os núcleos urbanos como Santa Maria, Recanto das Emas e São Sebastião são exemplos dessa fase.


Com o embalo da criação dessas cidades, cresceram-se ainda mais os loteamentos clandestinos, as grilagens de terras públicas e o alto crescimento desordenado, como os condomínios horizontais, situados em áreas de especulação imobiliária e de grande sensibilidade ambiental.
Trabalhadores para contrução da Nova Capital
A região que hoje constitui a Região Administrativa de São Sebastião teve suas origens também com as desapropriações das Fazendas Papuda, Taboquinha e Cachoeirinha em meados de 1957, mesma época da construção da Capital Federal. A cidade de São Sebastião guarda segredos desde o regime escravista brasileiro e segundo a crença dos moradores mais antigos da cidade, a ocupação desta área vem desde o período colonial quando a região tinha fazendas remanescentes da época dos escravos. A mais conhecida entre os moradores era chamada de sinhá Luzia, conhecida por muitos como a Velha Papuda. A Velha Papuda era dona de um dos engenhos situado próximo ao Morro da Cruz. Este fato está confirmado por vestígios de construções escravas encontradas na região, como uma cruz de madeira fixada no alto do morro, onde provavelmente os escravos eram castigados. A região hoje tem o mesmo nome e é uma área semi urbana a 2 km do centro da cidade. A crença ainda conta que o local era usado como capela, provado pelo cruzeiro fixado no alto do morro que tem cerca de 140 anos e o caminho era usado para distribuir temperos para as cidades de Luziânia e Planaltina.

Cruzeiro no alto do Morro da Cruz

O crescimento da região aconteceu quando os primeiros moradores foram instalados, através dos arrendamentos de terra feita pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal visando suprir com materiais ligados a construção civil, praticamente à construção de Brasília. Começaram então com os trabalhos ligados ao comércio de areia, cerâmica e olaria. Os trabalhadores se instalavam nas margens do rio São Bartolomeu, trabalhando com várias dragas e retiravam a areia para as construtoras da Nova Capital do Brasil, a NOVACAP. O trabalho de olarias difundiu-se muito intensamente nesta área, onde foram produzida quase 97% dos tijolos maciços usados na construção de Brasília e com isso a região ficou conhecida como Cidade Argila.



O contrato de arrendamento de terras entre os comerciantes e a Fundação Zoobotânica tinham data de ocupação para uma posse por 30 anos. Com a expiração dos contratos de uso, na área ocupada pelos comerciantes, começou a ser feita à instalação da Proflora, na época um programa de reflorestamento das áreas destruídas. Os contratos dos posseiros não foram renovados, as olarias foram desativadas e os comerciantes e moradores da região ficaram sem seus trabalhos e sem ter para onde ir. Começou-se então o parcelamento irregular do solo como forma de garantir a posse da área e assim a vila foi se consolidando e imediatamente surgindo um núcleo urbano a margem dos córregos Mata Grande e Ribeirão Santo Antônio da Papuda.

Mapa do futuro lago do Rio São Bartolomeu


Os aspectos da região, somados ao preço baixo da terra e pela proximidade do centro de Brasília fizeram com que, inicialmente, atraísse uma população de trabalhadores da construção civil e empregados domésticos e nos dias de hoje, uma população totalmente diferenciada. Com o crescimento demográfico que tinha em 1991, somado com o aumento da população o crescimento urbano sem planejamento foi uma séria ameaça a APA do Rio São Bartolomeu. O futuro do abastecimento de água do Distrito Federal já tinha sido comprometido com o cancelamento do projeto de represamento do rio, pois o crescimento da cidade e a expansão dos condomínio impossibilitaram a formação do Lago São Bartolomeu.

A Região Administrativa de São Sebastião (figura 4) está localizada na região sul da Área de Proteção Ambiental do Rio São Bartolomeu, á 23 km do Plano Piloto, demarcados 690,74 ha da poligonal região administrativa e 383,71 Km² de malha urbana, definidos pelo decreto n° 16.571 de 26 de junho de 1995. A cidade é privilegiada pela sua localização, marcada pela beleza de elevações de vales com terrenos ondulados cortados pelos córregos Mata Grande e Ribeirão da Papuda. Estes córregos possuem grande volume de água através de muitas nascentes vinda das encostas dos morros e por ter um grande potencial hídrico, a atual área urbana seria nos projetos futuros da CAESB, uma formação de um lago no rio São Bartolomeu para garantia de abastecimento de água ao Distrito Federal.

São Sebastião-DF


1 comentários:


Blog do Chicko disse...
Viva São Sebastião, cidade minha, cidade sua, cidade nossa...


Vista da área central de São Sebastião - Distrito Federal